domingo, 13 de janeiro de 2008

Resumo e Resenha Crítica de O grande Mentecapto, de Fernando Sabino


O GRANDE MENTECAPTO – Fernando Sabino

O romance O grande mentecapto, escrito por Fernando Sabino, autor pós-modernista, conta a história de Viramundo, um andarilho que percorre as ruas de cidades mineiras como São João del Rei, Tiradentes, Congonhas do Campo, Ouro Preto, Mariana, Juiz de Fora, Belo Horizonte dentre outras.
Viramundo é um jovem ingênuo que tenta se adequar a uma sociedade excludente e preconceituosa, que busca eliminar o diferente, como forma de purificar seu espaço.
Porém, o que se nota é que a despeito deste comportamento por parte da maioria das pessoas, em todos os lugares por onde passa, Viramundo faz amigos e encontra quem lhe ajuda.
O autor, numa linguagem próxima do leitor, de diálogo e conversa com quem o lê, semelhante a Machado de Assis, transforma o leitor em um sujeito ativo no processo de leitura e compreensão.
Apesar do uso de um vocabulário rico e diversificado, o senso de humor se torna perceptível no jogo de palavras e de idéias, nos trocadilhos e na escolha dos nomes das personagens.
Viramundo transforma-se em um Dom Quixote brasileiro, cheio de sonhos irrealizáveis, não ambiciona os bens materiais e venera sua amada Marília, da mesma forma que o personagem espanhol em relação a sua Dulcinéia e tenta resolver os conflitos com os quais se depara heroicamente.
O herói é incompreendido por muitos em seus ímpetos e atitudes precipitadas, mas não por aqueles que conseguem enxergar a pureza e simplicidade de sua alma.
Infelizmente é morto pelo próprio irmão, que não o reconhece e o elimina cruelmente.
É uma grande obra do consagrado autor, conhecido geralmente por suas crônicas humorísticas, no entanto neste livro revela seu apurado senso crítico, de justiça e leva o leitor à reflexão sobre os limites entre a loucura e a lucidez.
Vale lembrar a possibilidade se estabelecer relações de intertextualidade com O alienista, de Machado de Assis e com as passagens bíblicas da Via Sacra de Cristo, além de Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes.


quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Mar Portuguez

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa


(Poema retirado do site www.releituras.com)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Sonhos da menina - Cecília Meireles

A flor com que a menina sonha
está no sonho?
ou na fronha?
Sonho
risonho:
O vento sozinho
no seu carrinho.
De que tamanho
seria o rebanho?
A vizinha
apanha
a sombrinha
de teia de aranha . . .
Na lua há um ninho
de passarinho.
A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho
ou a lua da fronha?

Imagem retirada do site http://garatujando.blogs.sapo.pt

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Encontros do práticas

Olá, pessoal, estamos no quarto encontro do Desenvolvendo as Capacidades de Leitura e Escrita nas diferentes áreas do conhecimento, e o curso tem sido um sucesso. Os alunos estão animandos, após venceram a primeira etapa de dificuldades, principalmente com a máquina, e estão começando a curtir o curso. Tomando consciência de conceitos de gêneros, portador, esfera de atividades etc. Nós, como mediadoras, estamos nos esforçando para que o curso seja um sucesso do início ao fim. Beijos a todos.